Apesar da retomada das atividades presenciais no Brasil, o trabalho home office seguiu relevante em 2022, especialmente entre as mulheres. Isso é o que mostram os dados do Censo 2022: Deslocamento para trabalho e estudo, divulgado nesta quinta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2022, num cenário epidemiológico pós-pandemia mais arrefecido, 14,7 milhões de brasileiros (16,9% do total da população ocupada do País) trabalhavam de casa. Desse total, 7,3 milhões (19,3%) eram de mulheres que exerciam trabalho remoto, número superior aos 7,4 milhões de homens (15,1%).
Segundo o IBGE, em relação ao rendimento, a classe com os salários mais altos, superiores a 5 salários mínimos, possuía proporção mais elevada de trabalho no próprio domicílio, o que sugere se tratar de trabalhadores mais qualificados que podem exercer o trabalho em casa, especialmente em função do teletrabalho.
No teletrabalho, a decisão sobre o local da execução das tarefas fica a critério do trabalhador, permitindo que o trabalho seja feito de casa, de um café ou de qualquer outro local adequado, utilizando a tecnologia para se manter conectado e produtivo.
Considerando as pessoas ocupadas por nível de instrução, notou-se que 28,9% das mulheres ocupadas possuíam o nível superior completo, enquanto que, entre os homens, este percentual era de 17,3%. Isso também pode explicar o maior número de mulheres exercendo o trabalho home office.
No total, o nível de ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população de 14 anos ou mais de idade) alcançou 53,5% no país, em 2022. Embora no trabalho remoto as mulheres tenham superado os homens, no geral, a reconhecida diferença entre sexos permaneceu nítida no nível de ocupação, com percentuais de 62,9% para os homens e 44,9% para as mulheres.
Voltar para a listagem de notícias